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Renée

Esta edição de Renée propõe um exercício conceitual. No lugar do autor traduzindo seus próprios poemas, os oferece em cinco idiomas sem determinar um original.
Discorrer pelo sentido dos versos com um vocabulário multilíngue, mas fiel a uma única voz, refrata a leitura, logo a amplia. Sugere que a poesia é a mesma em qualquer idioma. Em si o poeta não muda, o poema é que varia conforme a época e a cultura.
Alguém verá humanismo na proposta, outros uma falsa questão. Não sem certo fundamento.

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Assim por exemplo o Poema VIII:
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Oscurece y volvemos de la ensenada
por el mismo galgo de ayer en el embarcadero
Su pose de esfinge al viento
Si no miramos sentimos las dunas siendo llevadas por el tiempo
Desde el balcón el horizonte igual parece pasar sin moverse
A la luz de las brasas brilla el biombo de lino crudo
Y entre nosotros el océano aún sigue ardiendo de sol en la piel
¿Por qué se escribe?
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Tramonta e torniamo dalla cala
dallo stesso levriero di ieri all’ancoraggio
La sua pose da sfinge nel vento
Senza guardare sentiamo le dune portate via dal tempo
Dal balcone anche l’orizzonte sembra passare senza muoversi
Alla luce delle braci risplende lo schermo di lino crudo
e tra noi l’oceano dura ancora nell’ardore del sole sulla pelle
Perché si scrive?
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The sun fades and we return from the cove
by the same greyhound of yesterday in the anchorage
His sphinx pose in the wind
Without looking, we can feel the dunes being carried away by time
From the balcony, the horizon also seems to pass without move
Under the ember light the linen screen glows
And the ocean still lasts burning with the sun on our skin
Why write?
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Le jour tombe et nous revenons de la baie
par le même lévrier d’hier dans le quai
Sa pose de sphinx dans le vent
Sans regarder on sent les dunes emportées par le temps
Du balcon l’horizon aussi paraît passer sans bouger
Dans la lumière des braises l’écran de lin frémit
et entre nous la mer perdure encore dans l’ardeur du soleil sur la peau
Pourquoi on écrit ?
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Entardece e voltamos da enseada
pelo mesmo galgo de ontem no ancoradouro
Sua pose de esfinge ao vento
Se não olhamos sentimos as dunas sendo levadas pelo tempo
Da varanda o horizonte igual parece ir de passagem
À luz das brasas rebrilha o biombo de pano leve
e o oceano dura em nós ainda no ardor do sol na pele
Por que se escreve?
.

 

Especificações:

Brochura,  144 pgs.

Dimensões: 20 x 13 cm

Exemplares numerados, 135 em estoque. 1ª edição.

Idioma: Português, inglês, italiano, francês e espanhol

Ano de publicação: 2023

ISBN 978-65-81264-12-3

 

https://www.facebook.com/100000194185311/videos/1268090950550010/

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R$69,00

tan editorial

Idealizada por Thomaz Albornoz Neves, a chancela tan ed. reúne títulos  de autores cisplatinos e afins. São obras de fotografia, arte, poesia, ensaio e relato escritas em português e espanhol (com alguma pitada de portunhol). O empreendimento é solitário, sazonal e sem fins lucrativos. Os livros têm a mesma identidade gráfica e são, na sua maioria, ilustrados com desenhos do editor. A tiragem varia entre 75 e 300 exemplares numerados.