por Thomaz Albornoz Neves
THE PATIENCE OF ORDINARY THINGS
It is a kind of love, is it not?
How the cup holds the tea,
How the chair stands sturdy and foursquare,
How the floor receives the bottoms of shoes
Or toes. How soles of feet know
Where they’re supposed to be.
I’ve been thinking about the patience
Of ordinary things, how clothes
Wait respectfully in closets
And soap dries quietly in the dish,
And towels drink the wet
From the skin of the back.
And the lovely repetition of stairs.
And what is more generous than a window?
*
A PACIÊNCIA DAS COISAS COMUNS
É uma espécie de amor, não é?
Como a xícara contém o chá,
Como a cadeira se mantém firme e equilibrada,
Como o chão recebe as solas dos sapatos
Ou os dedos dos pés. Como as solas sabem
Onde devem estar.
Tenho pensado na paciência
Das coisas comuns, como as roupas
Esperam respeitosamente nos armários
E o sabão seca calmamente na louça,
E as toalhas bebem as gotas
na pele das costas.
E a bela repetição das escadas.
E o que é mais generoso do que uma janela?
P S (Ava, Missouri, 1934 – Amherst, 2020)